A Inteligência Artificial alia-se aos plásticos: a igus acelera a transformação para uma Indústria 4.0 sustentável
agosto 1, 2024
Manutenção inteligente, robótica low-cost, ferramentas online baseadas na IA: a igus apresentou soluções pioneiras para a indústria isentas de lubrificação e neutras em CO2 e para a automação do futuro na Feira de Hanôver
Para ajudar as empresas industriais a enfrentar os desafios da atualidade, como a transformação para a Indústria 4.0 e a produção neutra em termos de CO2, a igus, especialista em motion plastics com sede em Colónia, contou com uma inteligência tripla na Feira de Hanôver: a inteligência artificial, os plásticos inteligentes e a inteligência de Colónia. As exposições incluíram sensores inteligentes para a manutenção do futuro e robótica low-cost, com recurso à IA, que é fácil de implementar. A igus também apresentou uma aplicação baseada na IA que mostra aos engenheiros de projeto o potencial de otimização das suas aplicações com os motion plastics, isentos de lubrificação, numa questão de segundos.
Inteligência artificial (IA), aprendizagem automática, gémeos digitais: as tecnologias inovadoras estão a revolucionar a forma como as empresas industriais fabricam os seus produtos e otimizam os processos. A inteligência artificial simplifica o trabalho dos projetistas desde a seleção dos componentes adequados. A igus provou isso na Feira de Hanôver com o igusGO. A aplicação baseada na IA demora apenas alguns segundos a revelar como uma aplicação pode ser tecnicamente otimizada com componentes isentos de lubrificação da igus. Para tal, os projetistas não têm de se debruçar sobre catálogos, fazer chamadas telefónicas ou escrever emails, mas somente tirar uma fotografia da aplicação. O igusGO utiliza algoritmos de IA para reconhecer o objeto e sugere os produtos da igus que aumentam a fiabilidade e reduzem os custos. No caso de uma escavadora de roda com pás, por exemplo, estes poderiam ser os casquilhos para aplicações exigentes, feitos de plásticos de elevada performance. Pela primeira vez, um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de RWTH em Aachen e da igus, quantificou os benefícios económicos e ecológicos dos casquilhos em polímeros isentos de lubrificação: dependendo da aplicação, é possível um potencial de poupança até 40% por ano, que de outra forma seriam gastos em lubrificantes. Simultaneamente, a isenção de lubrificação permite uma redução das emissões de CO2. A Heineken do Brasil, uma das participantes no estudo, reduz cerca de 180 kg de CO2 por ano ao utilizar casquilhos em polímero. “Se todas as filiais da Heineken passassem a utilizar casquilhos em polímeros, a empresa poderia poupar 28.814 kg de CO2. Uma pequena alteração com grande impacto. “O potencial de otimização através da utilização dos motion plastics pode ser descoberto de forma muito mais fácil e rápida com a ajuda do igusGO. Lançamos inúmeras inovações todos os anos – só em 2023, foram 227. A nossa aplicação com base na IA permite navegar através da gama de produtos, em constante crescimento, com a máxima eficiência e transparência”, afirma Tobias Vogel, Diretor Executivo para Casquilhos deslizantes e Sistemas lineares da igus. Já existem mais de 580 diferentes equipamentos no “cérebro” da aplicação, e o número está a crescer todos os dias, desde máquinas de café, pórticos, gruas ou aviões.
Plásticos inteligentes para uma entrada fácil e económica na manutenção preditiva
Os plásticos da igus também são inteligentes. Na Feira de Hanôver de 2024, a igus apresentou plásticos inteligentes, ou seja, sistemas de calhas articuladas, cabos elétricos, guias lineares e casquilhos deslizantes, rolamentos esféricos e coroas rotativas equipados com sensores inteligentes. Não só permitem a monitorização do estado em tempo real, como também podem ser ligados a várias redes e sistemas IoT. Isto significa que podem ser integrados num conceito de manutenção preditiva para evitar dispendiosas paragens de produção causadas por paragens não planeadas nas máquinas. Através de sensores, módulos de avaliação e software, é possível calcular a duração de vida dinâmica e definir os tempos de manutenção ideais para os produtos, o que também oferece uma vantagem em termos de sustentabilidade. Assim, os produtos não são substituídos desnecessariamente ou demasiado cedo, mas apenas quando atingem o fim do seu ciclo de vida.
Contudo, isto não é tudo: a igus está continuamente a desenvolver os seus serviços smart plastics em resposta aos desafios atuais, como a falta de mão de obra qualificada. Graças ao serviço digital chamado Superwise, é agora possível, por exemplo, monitorizar constantemente as suas próprias aplicações através de um painel de comando central com menos pessoal do que nunca. A ligação inteligente dos dados das aplicações, dos produtos e dos sensores, para além da utilização opcional da Internet das Coisas, resulta em abrangentes “plásticos inteligentes”. O cliente recebe automaticamente recomendações de manutenção atempadas, ofertas, avisos ou sugestões de melhoria. Se as empresas não têm tempo para monitorizar as suas aplicações, a igus assume esta responsabilidade. Os técnicos da igus entram em contacto proativamente quando é necessário intervir. Michael Blass, Diretor Executivo para Sistemas de Calhas Articuladas da igus, diz: “O serviço Superwise combina a moderna tecnologia de sensores dos smart plastics com um serviço digital completo. Em tempos de crise, são inovações digitais como estas que são mais decisivas do que nunca para a competitividade das empresas. Como tal, é importante para nós que as pequenas e médias empresas, sem conhecimentos aprofundados e com orçamentos reduzidos, também possam beneficiar das tendências como a manutenção preditiva.”
Operar facilmente robôs low-cost com controlo por voz e gestual baseado na IA
A igus também apresentou novos produtos no campo da automação low-cost na Feira de Hanôver de 2024. É aqui que a inteligência de Colónia entra em jogo. Todos os robôs da igus são “made in Cologne” – desde a injeção, a montagem das placas de circuitos impressos até à programação. Isto inclui o cobot ReBeL, que está disponível, na versão plug&play, totalmente equipado a partir de 4.690 euros. Para os utilizadores que procuram uma solução ainda mais compacta, a igus desenvolveu o ReBeL KID.
Os visitantes puderam ver um AGV Educativo, uma solução de código aberto e uma plataforma de aprendizagem autónoma que consiste num veículo guiado automaticamente (AGV) que pode ser combinado com cobots como o ReBeL ou o ReBeL KID. Os clientes podem combinar acessórios compatíveis, e de baixo custo, de mais de 100 fabricantes, tais como garras ou sistemas de visão, através da plataforma online RBTX, via plug&play, com o apoio das ferramentas online e modelos 3D. O RBTX foi concebido para permitir que empresas de todas as dimensões se iniciem na automação a um baixo custo. A inteligência artificial também desempenha um papel cada vez mais importante neste domínio. A IA pode ajudar a desenvolver soluções de automação de forma mais rápida e fácil, por exemplo, com simulações baseadas na IA. Os clientes não precisam de comprar um robô e investir na sua integração, podendo antecipadamente testar a sua aplicação.
Além disso, a igus oferece produtos com comando por voz e por gestos baseados na IA. É possível ligar a Alexa da Amazon diretamente aos robôs da igus ou integrar o comando por gestos através do ROS 2. Isto simplificará a definição dos movimentos dos robôs no futuro. Esta operabilidade intuitiva e com base na IA, combinada com um preço baixo, abre caminho para que a robótica low-cost entre no mercado de massas. Atualmente, a igus utiliza a IA principalmente para monitorizar os robôs e integrar sensores de visão de forma rápida e fácil. No entanto, a equipa de robótica também está a investigar uma programação resiliente utilizando a fala ou gestos. Uma programação simples de robôs para todos, que não se limita ao robô, mas que abrange toda a aplicação. “As partes interessadas ficam sempre surpreendidas com o que os plásticos de elevada performance da igus podem fazer – seja em termos de isenção de lubrificação, redução do CO2 ou automação”, afirma Tobias Vogel. “Ao combinar os nossos produtos inovadores com serviços digitais e novas tecnologias, queremos mostrar que os nossos motion plastics, isentos de lubrificação, podem melhorar uma ampla gama de aplicações, tornando-as mais sustentáveis e capazes na Indústria 4.0”, conclui Michael Blass.